Itambezinha de açúcar

Itambé (Bahia) é carinhosamente chamada por muitos de "Itambezinha de açúcar", especialmente por seus moradores e pessoas da região. Essa expressão tem um tom afetivo e poético, evocando a doçura, simplicidade e aconchego da cidade — algo comum em localidades pequenas e acolhedoras do interior nordestino.

A cidade de Itambé, localizada no sudoeste da Bahia, possui uma história rica e marcada por movimentos migratórios, conflitos e desenvolvimento socioeconômico.

Origens e Primeiros Habitantes

O nome "Itambé" é de origem tupi e significa "pedra afiada" . Antes de sua emancipação, a região era conhecida como Verruga, devido ao rio de mesmo nome que a corta. A área era habitada por indígenas, como os Mongoiós, que resistiram à ocupação dos colonizadores.

No final do século XIX, por volta de 1890, uma grande seca no sertão baiano levou várias famílias a migrarem em busca de terras férteis. Dentre os pioneiros, destacam-se Manoel Balbino da Paixão e Manoel Raimundo da Fonseca, que se estabeleceram às margens dos rios Verruga e Pardo.

Emancipação e Desenvolvimento

Itambé foi emancipada politicamente em 12 de agosto de 1927, desmembrando-se de Vitória da Conquista. A instalação oficial ocorreu em 1º de janeiro de 1928, com a posse do primeiro prefeito, Coronel Hygino dos Santos Melo.

Em 1938, o município incorporou o distrito de Itapetinga, que posteriormente se emancipou em 1952. Outro distrito importante é Catolezinho, cuja fundação começou em 1948 com a doação de terras por Cassiano Fernandes Ferraz.

Fé e Cultura

A religiosidade sempre esteve presente na formação de Itambé. Em 28 de novembro de 1935, foi criada a Paróquia de São Sebastião, graças à influência de Aparício do Couto Moreira e do monsenhor Moisés Couto, tendo como primeiro vigário o padre Nestor Passos.

Economia e Sociedade

A economia de Itambé baseia-se na agricultura, pecuária, comércio e extração mineral. Destaca-se na produção de feijão, mandioca, milho e banana, além de possuir um dos maiores rebanhos bovinos da Bahia.

A cidade também é rica em minerais como berilo, calcário, cristal de rocha, feldspato, fluorita, nióbio, columbita, caulim, pegmatitos, cristais transparentes, cristal róseo, águas marinhas, urânio, ametista, micas, amianto e barita.

Educação e Cultura

Itambé possui diversas instituições educacionais, incluindo escolas estaduais, municipais e particulares. A cidade também conta com bibliotecas e grupos culturais que promovem o teatro e a dança, como o grupo de dança "HITMUS" e o grupo de teatro "ARTES CÊNICAS".

Tradições e Festividades

As tradições culturais são fortes em Itambé, com destaque para o São João, uma das festas mais tradicionais da cidade, conhecida em toda a região. Há apresentação de quadrilhas, bandas de forró de todo o nordeste e brincadeiras juninas. A cidade se enche de luz e de cor para receber turistas de todo o Brasil.