Tão-somente


Neste poema, o leitor é convidado a mergulhar na delicada tensão entre poesia e prosa, entre o dizer e o sentir, entre o “tão” e o “não”. Em poucos versos, uma reflexão irônica e sutil se constrói sobre o valor da linguagem poética, mesmo quando ela parece órfã ou deslocada no mundo atual. O “tão” — palavra simples e recorrente — é elevado à condição de símbolo poético, capaz de resistir à aridez da prosa e evocar, com um pé em Pessoa e outro em Drummond, a persistência do verbo poético.

A poesia aqui não busca ornamento, mas essência. E afirma, com voz contida e firme, que escrever — ainda que seja num tempo de desencontro — é resistir ao vazio com beleza.

Boa leitura.

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